Ele foi ao Egito, pela EBC, fazer a cobertura da crise política no país. O repórter Corban e Gilvan foram detidos por policiais no Egito. Eles viajaram ao Cairo a fim de fazer a cobertura dos protestos contra o presidente Hosni Mubarak, mas no trajeto entre o aeroporto e o hotel, o táxi com os dois foi parado em uma barreira policial. Eles foram foram levados à delegacia e tiveram os passaportes e os equipamentos apreendidos.
Corban relatou que foi preso junto com uma equipe de televisão francesa. Segundo ele, essa equipe foi presa e apanhou duas vezes. "Conosco isso não aconteceu. Não houve agressões verbais ou físicas na prisão nem fora dela, exceto um policial que nos colocou em uma van de uma maneira um pouco mais incisiva". Para ser liberado, Corban teve que assinar um documento em árabe, no qual, de acordo com a tradução do policial, concordava em deixar o Egito imediatamente.
O jornalista admite que teve medo de morrer. "Isso passa, sim, pela cabeça porque colocam venda nos olhos, levam a gente para um lugar desconhecido, depois tiram as vendas e nos deixam a mercê da própria sorte. Ninguém fala nada a não ser um interrogatório. Passei 18 horas em uma sala mínima que não havia água nem banheiro, só duas cadeiras e uma mesa. Nessa mesma sala estavam o Gilvan e um estudante alemão, que foi preso porque fotografou a manifestação com uma máquina amadora".
O repóter garante que recebeu auxílio da embaixada brasileira. "O tempo todo o embaixador do Brasil no Egito, Cesario Melantonio Neto, esteve em contato conosco e nos ajudou. Ele nos orientou sobre como deixar o país, também prometeu providenciar o envio do equipamento que foi apreendido pelos policiais egípcios. Mas ele próprio reconheceu que estava com dificuldades, pois o governo Mubarak está todo desmantelado, há um caos administrativo no Egito".
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