quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Discurso de Zilda Arns não proferido pedia cuidado maior com as crianças

Antes de chegar ao Haiti, Zilda Arns, escreveu um discurso que faria na noite da terça-feira (12) em Porto Principe, mas à tarde foi vítima do terremoto que matou também outros 14 brasileiros.

Segue abaixo um trecho do texto, escrito em espanhol:

"Como los pájaros, que cuidan de sus hijos al hacer un nido alto de los árboles y en las montañas, lejos de los depredadores, las amenazas y peligros, y más cerca de Dios, debemos cuidar de nuestros niños como un bien sagrado, promover el respeto sus derechos y protegerlos.

¡Muchas gracias!
¡Qué Dios acompañe a todos!"
Dra. Zilda Arns Neumann
Médica pediatra y especialista en Salud Pública
Fundadora y Coordinadora de la Pastoral da Criança Internacional
Coordinadora Nacional de la Pastoral de la Persona Idosa

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Brasil - país das bundas... e da longevidade

Acabo de ler que mulher com bunda grande vive mais. É sério! Os caras pesquisaram mulheres que têm aquilo que é a preferência nacional e chegaram a conclusão de que elas têm menor chance de ter um infarto, por exemplo.

Reportagem completa está na Agência O Globo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Queijo, salame e salsicha compõem o menu da Presidência

A foto é do arquivo da Presidência da República.

Que o vê nas fotos e imagens da TV percebe que o presidente Lula esbanja 'saúde'. E o dinheiro do povo também. No carrinho de compras, custeadas com o dinheiro do contribuinte para abastecer a Presidência da República em 2010, está uma tonelada e meia de queijo, 727 quilos de presunto e 160 quilos de salaminho. Só com salsicha e pão-de-queijo, iremos pagar R$ 64 mil para aqueles que fazem uma boquinha no CCBB (atual sede do governo).

E como ninguém é de ferro: Lula também mandou comprar melões, melancias e abacaxis. Deve ser com o objetivo de atenuar o hard menu.

A reportagem completa está no Estadão de hoje (11). A apuração e a redação são da colega Julia Duailibi. Veja aqui

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Lendas da Paixão"... e da emoção

É interessante como Lendas da Paixão (do diretor Edward Zwick - 1994) ainda mexe com o lado do cérebro responsável pelas emoções. Fui ao lançamento do filme e vi um monte de marmanjos (eu estava entre estes) e mocinhas limpando as lágrimas após a sessão.

Esta semana, portanto 15 anos depois, voltei a ver a bela produção em que Brad Pitt era apenas um piralho e Antony Hopkins exibia magistralmente sua performance. Não foi diferente a emoção. Percebi que aquela película sempre será atual.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Garis processam Boris Casoy

A notícia é do Comunique-se. Informa que o sindicato da categoria irá processar o jornalista da Rede Bandeirantes de Televisão, Boris Casoy, que se manifestou de forma preconceituosa contra dois garis que emitiam mensagens de boas festas na virada do ano.

Leia mais aqui.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Justiça seja feita...

Ontem, postei nota alertando a imprensa sobre um debate que se fazia necessário diante das tragédias como a ocorrida na virada do ano na região Sudeste. Bem, o Estado de S.Paulo elaborou brilhante editorial relacionado àquilo que havíamos abordado.

Eis a íntegra do material publicado hoje (05).

"Notas & Informações Tragédias anunciadas

Perto de 2 mil pessoas, no Rio e em São Paulo, compareceram domingo ao enterro das vítimas dos deslizamentos de terra e desabamentos de construções, causados pelas chuvas na passagem de ano. Famílias inteiras foram dizimadas, pessoas passam pela dor indizível de perder, de uma só vez, filhos, pais, irmãos e amigos, nos dias em que comemoravam a entrada de ano - em hotéis e pousadas ou em suas próprias casas. Em Angra dos Reis, o número de mortos já passa de cinco dezenas e deve aumentar com a continuidade das buscas. Cidades do Vale do Paraíba - como Cunha e São Luís do Paraitinga - também foram seriamente afetadas pelas águas do fim de ano, gerando prejuízos pessoais, materiais e culturais de monta, além dos sofrimentos indescritíveis causados pela calamidade meteorológica.

Numa cidade com construções de grande valor histórico, como é São Luís do Paraitinga, foram destruídas a Igreja da Matriz, do século 19, a Igreja da Nossa Senhora das Mercês, do século 18, e desabaram ou ficaram comprometidas 70 das 90 construções tombadas pelo patrimônio histórico. Lá o Rio Paraitinga subiu nada menos de 10 metros, obrigando mais da metade da população a deixar suas casas.

Rodovias interditadas por desabamento de ponte, como a Oswaldo Cruz (de Taubaté a Ubatuba), ou o aparecimento de enormes crateras, como a do km 477 da Rio-Santos, condomínios e comunidades ameaçados de desmoronamento, moradores em casas de alto risco que se recusam a sair por medo de saques de seus pertences - tudo isso compôs o cenário da devastação causada pelas chuvas.

Ante a perplexidade geral causada pela soma de tantas tragédias não há como escapar de indagações básicas. Tais tragédias eram previsíveis? Se eram, teriam sido evitáveis? Há calamidades que são inevitáveis e imprevisíveis. É o caso de terremotos, maremotos e erupções vulcânicas, principalmente em regiões que não dispõem dos recursos tecnológicos que já permitem uma previsão segura desses fenômenos.

No caso brasileiro, no entanto, o que há são "tragédias anunciadas". É o que acontece com edificações, frequentemente ilegais, erguidas sem maiores cuidados em locais de notório risco, especialmente em encostas de morros, sujeitas a deslizamento de terras e pedras, e em várzeas de rios, sujeitas a enchentes. Terá sido esse o caso da Praia do Bananal, em Angra dos Reis, onde a ocupação desordenada de espaço em área paradisíaca produziu consequências devastadoras.

Bem a propósito, a ocupação dessa parte do litoral fluminense havia sido "flexibilizada", no começo do ano passado, pelo governo do Estado. Mas, infelizmente, esse caso não constitui exceção, em relação a ocupações irresponsáveis de encostas em boa parte do litoral e das áreas de risco das cidades brasileiras.

Prefeituras e Legislativos municipais diminuem cada vez mais as restrições para a construção de casas e altos edifícios em terrenos perigosos. Aumenta-se fortemente a densidade populacional das praias, sem cuidados com a infraestrutura de água, esgoto ou o mínimo de preservação ambiental.

Na raiz de tudo isso estão a corrupção, a ambição desmedida e a desídia. Fiscais recebem propinas para "fazer vistas grossas" a construções irregulares, de simples barracos a luxuosas casas de veraneio. Vereadores e prefeitos aprovam leis "liberalizantes" de ocupação do solo, tendo como pretexto o "desenvolvimento econômico" e a criação de empregos nos municípios - quando, na verdade, o que está em jogo, de um lado, são milionários interesses imobiliários e, de outro lado, o financiamento de campanhas ou a acumulação das famosas "sobras da campanha eleitoral".

A população, em geral, não associa a corrupção, a ambição e a desídia à deficiência dos serviços públicos. Não são todos que percebem que o dinheiro gasto na corrupção ou na satisfação de ambições ilimitadas é o que falta para os postos de saúde, as escolas, as habitações decentes e seguras.

Só quando ocorrem essas "tragédias anunciadas" a população pode sentir de perto o alcance da corrupção - a destruição de famílias inteiras, dentro de casas que não poderiam ter sido construídas naqueles locais. Esta é a trágica lição deste ano-novo de luto."

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Debate profundo

Interessante debate que deveria ser travado pelos meios de comunicação é sobre o grau de interferência do homem na natureza como potencializador das tragédias ocorridas nos últimos dias no Sudeste do país.

Em janeiro de 2009, percorri o trecho entre o Rio e Ubatuba e vi que a mata Atlântica, em algumas regiões, sofre com a construção desordenada de estabelecimentos comerciais e de residências.

E quando me refiro a agressões ambientais, incluem-se ricos e pobres. Aqueles primeiros, em busca de renda e conforto por meio de pousadas, mansões e resorts. Por outro lado, famílias pobres penduram suas construções em áreas que, com toda a chuvarada que marca o mês de dezembro, se permanecessem de pé, estariam desafiando as leis da Física.

É de se ressaltar ainda que nossa imprensa preza pela exploração da imagem da dor das famílias, da lágrima de um parente ou de um amigo das vítimas, o que é sinônimo de Ibope e venda elevada de jornal. Isto é feito em detrimento de um outro trabalho que deveria ser levado a cabo, que é o de buscar solução e agir como formador de opinião para uma cultura maior da preservação do meio em que se vive.

Assecom/Prefeitura de Angra dos Reis
Escombros formam cenário que um dia já foi paradisíaco